domingo, 31 de julho de 2016

ANA MADALENA

Potira itapitanga.


Em português
Sugiro que ouça:
“Dois pra lá, dois pra cᔹ – https://www.youtube.com/watch?v=3yhMNe6RyAk

Em a meia-noite a lua cheia olha a terra e pensa coisas muito sedutoras para seu deleite e de sua enamorada. Coisas que o sol muito gostaria de ver...
No mundo uma sombra desliza entre as ruas, sobe as árvores e se encosta nas paredes das casas até encontrar o amor de toda uma vida, a vida de suas vítimas. Para seus ouvidos nada é melhor que os gemidos de prazer das gargantas penetradas por seus longos dentes brancos ao se banharem do vermelho líquido enquanto seu viril líquido, o verdadeiro líquido da vida, revitaliza seus amores para a eternidade.
Já Ana Madalena até que teve uma noite agradável, mas agora anda apressada, pois a sociedade a culpará se algo lhe acontecer. E ela se sentirá culpada por culpa da sociedade, pela culpa da sociedade, pelo que é culpa da sociedade.
Olhos e longos cabelos castanhos, pele amulatada, baixinha, roliça, bonita. Salto vermelho não muito alto; saia vermelha até os joelhos; camisa rosa com rosadas rosas estampadas e de mangas compridas, adequada à noite não muito fria do final de julho. Brincos imitando brilhantes, iguais ao colar e ao anel. Não é visível nem perceptível, mas o curativo no calcanhar não lhe ajuda a andar.
Uma sombra surge diante de Ana e um vapor parece se condensar formando um corpo. “As cervejas foram demais. Só pode ser isso”. Pensou e pensa: “Afinal como vapor pode virar um corpo? É o efeito da lua e das cervejas”. A lua sorri.
Um lindo homem de cabelos e olhos negros, roupas escuras, pele branca e sorriso claro surge de onde estavam a sombra e o vapor. Ela sente medo. E ele fala. E sua inebriante voz some o medo. O homem estende a mão, ela o pega. Beijam-se e voltam para a boate onde Ana estava até agora.
A noite está fria. Sua alma também. Mas a voz do homem a aquece e a leva para a pista de dança. O coração de Ana palpita forte, sua cabeça roda, o olhar do homem a sustenta. E dançam com as mãos dele no pescoço dela, seus lábios se tocando e seus olhos se admirando. E dançam com as mãos dele nos seios de Ana e os lábios do homem no pescoço dela, levando-a um suave gemidinho. De olhos fechados é guiada pelo salão e depois para fora da pista, até a mesa. O homem pede uma bebida, uísque com guaraná para Ana. E ele volta a bebê-la; enchendo-a de tremores gozosos. Espaçados, demorados.
Os dois se levantam, saem para a rua; em sombra e vapor vão à casa de Ana. Gemidos gozosos. O vermelho líquido vital e os longos dentes brancos. Gemidos gozosos. O viril líquido vital imortalizando seu novo amor eterno. Gemidos gozosos.
Oito horas da manhã Ana Madalena é encontrada só em sua cama. Se morta ou viva que sua imaginação lhe diga. Mas eu gostaria de encontrá-la em minha janela em uma linda noite de lua.


En español
Sugiero que oiga:
“Dois pra lá, dois pra cᔹ – https://www.youtube.com/watch?v=xh-d6HnHHjc

En la medianoche la luna llena fija la tierra y piensa cosas muy seductoras para su deleite y de su enamorada. Cosas que al sol mucho le agradaría mirar…
En el mundo una sombra desliza entre las calles, sube los árboles y acosta en las paredes de las casas hasta encontrar el amor de toda una vida, a vida de sus víctimas. A sus oídos nada es mejor que los gemidos de placer de la gargantas penetradas por sus largos dientes blancos al bañaren del rojo líquido mientras su viril líquido, el verdadero líquido de la vida, revitaliza sus amores para la eternidad.
Ana Madalena hasta que tuve una noche agradable, pero ahora camina apresurada, pues la sociedad la culpará si algo acontecerle. Y ella si sentirá culpada por culpa de la sociedad, por la culpa de la sociedad, por lo que es culpa de la sociedad.
Ojos y largos pelos castaños, piel de canela, bajita, rechonchita, bonita. Tacón rojo no mucho alto; falda roja hasta las rodillas; camisa rosa de rosas rojas estampadas y de mangas largas, adecuadas a la noche no mucho fría del final de julio. Pendientes imitando brillantes, iguales al collar y al anillo. No es visible ni perceptible, pero el vendaje en el calcañar no la ayuda a caminar.
Una sombra surge delante de Ana y un vapor se condensa formando un cuerpo. “Bebí cervezas demás. Solo puede ser eso”. Pensó y piensa: “No es posible un vapor cambiarse en cuerpo. Es el efecto de la luna y de las cervezas”. La luna sonreí.
Un guapo hombre de pelos y ojos negros, ropas oscuras, piel blanca y sonrisa clara surge en el lugar adonde estaban la sombra y el vapor. Ella siente miedo. Y él habla. Y su ebriosa voz sume el miedo. El hombre extiende la mano, ella la toma. Se besan y se vuelven para el cabaré donde Ana se quedaba hasta ahora.
La noche está fría. Su alma también. Pero, la voz del hombre la calienta mientras la conduce a la pista de baile. El corazón de Ana late fuerte, su cabeza rueda, la mirada del hombre la sostiene. Y bailan con las manos de él en el cuello de ella, sus labios tocándose y sus ojos mirándose. Y bailan con las manos del hombre en los senos de ella y los labios de él en el cuello de Ana, conduciéndola a un suave gemidito. De ojos cerrados es guiada por el salón y después para fuera de la pista, hasta la mesa. El hombre pide una bebida, whisky y guaraná para ella. Y se vuelve a beberla; enriqueciéndola de temblantes gozos; espaciados, demorados.
Los dos se levantan, salen para la calle; en sombra y vapor se van a la casa de Ana. Gemidos gozosos. El rojo líquido vital y los largos dientes blancos. Gemidos gozosos.  El viril líquido vital inmortalizando su nuevo amor eterno. Gemidos gozosos.
Ocho horas de la mañana Ana Madalena es encontrada sola en su cama. Si muerta o viva que tu imaginación le diga. Pero, me encantaría hallarla en mi ventana en una linda noche de luna.


Ofereço como presente
Ma Ferreira, Eliberto Campos, Martin D. Ramirez, Freddy Cosme, Camile Gracian, Cioli F. Rodrigues, Cristiane Martins, Douglas Evangelista, Letícia S. Bastos e Andriely Ketule.

¹ Dois pra lá, dois pra cá. Composição de João Bosco e Aldir Blanc.


Escrito entre 16 de maio de 2014 e 31 de julho de 2016.

domingo, 24 de julho de 2016

POEMETOS DESENCONTRADOS

Em português

Miado escorre longe
Alguém o joga no lixo. Maldito!
Fecho a cara em dúvida
Cuidar dos animais é luxo.

Escuto agora um som de avião
Que voa aproximando-se e depois se afastando...
É a água endurecendo o aço mole.


Nuble o dia ou faça sol
Respira-se mais um dia
É a flor encantando

Sou eu desencantando.


En español

Nube el día o haga sol
Se respira más un día
Es la flor encantando
Soy yo desencantando.

Escucho ahora un sonido de avión
que vuela acercándome y alejándose...
Es el agua endureciendo el acero flojo.

Maullido escurre lejos
Alguien los tira a la basura, ¡maldito!
Ceño, mi cara es duda
Cariño a los animales es un sueño


Ofereço como presente aniversário a
Shamilla Oliveira, Arlisson Toledo, E.E. Profª Elza O. Lage, Marta Lorenzato, Roberta Colen, Thayná Souza, Pedro E. Chachuaio, Anilton Reis, Daniela Silveira e Victor do Carmo.

Recomendo a leitura de “Escola Sem Partido, um atentado à liberdade”, de Josué S. Brito; e “Abstenção”, de Xúnior Matraga; respectivamente:


Escrito 21 de febrero de 2015 y 24 de julio de 2016.

domingo, 17 de julho de 2016

THE PROBLEM OF LIFE IS WHO IT IS LONG

Potira itapitanga.


Em português

O problema é o Joaquim. Não sou ele, mas e se eu fosse? O problema seria o Joaquim?...
Joaquim tem duas pernas que se chamam Pernóstico e Pernicioso. O pernoite na pensão de Joaquim é terrível. Sempre é possível entrar, mas sair... só no início do dia e como o dia demora a chegar... Com suas duas pernas ele caminha sobre os hóspedes e funcionários esmagando tudo.


En español

El problema es Joaquín. No soy él, ¿pero y si lo fuese? ¿El problema sería el Joaquín?...
Joaquín tiene dos piernas que se llaman Pérfido y Pernicioso. El pernocte en la pensión de Joaquín es terrible. Siempre es posible entrar, pero salir… solamente en principio del día y como el día tarda a llegar… Con sus piernas él camina sobre los huéspedes y funcionarios aplastando todo.


Ofereço como presente de aniversário aos meus queridos
Cristiane Faria, Rosilea Campos, Rochelli Anício, Karine Faria, Marcia Toledo, Isabella Rosa, Brunna M. Alves, Piria Geysi, Rafael Oliveira, Simone Soares, Breno E. Garcia, Denilson A. Cardoso, Rúbia Maroli, Luiz Poeta, Filipe Fernandes e Fabiola Neves.

Recomendo a leitura de:
“Aquiescência”, de Xúnior Matraga; “A Ignorância, filhos de 19541’, de Josué S. Brito; “URSS”: a política do contraponto”, de Vinícius Siman; e “Lúcio”, deste que vos fala.
Respectivamente nos seguintes endereços:


Escrito entre o início da madrugada de 23 de setembro de 2015 e o início do dia de 17 de julho de 2016.

domingo, 10 de julho de 2016

RUNRRUNRRUM

JUNJUNJUN


Potira itapitanga.


Em português

A quem ainda não leu “A Fome” sugiro que o leia antes do cronto abaixo (ver http://artedoartista.blogspot.com.br/2016/06/a-fome.html ).

Noite! Noite... A noite avança em direção ao seu meio continuamente distante. Fora do casarão nenhuma luz no céu nem na terra. Não se sabe a causa, mas aqui dentro é possível ver lua e estrelas.
Na mesa da casa colossal tem carne mais que suficiente para dezesseis pessoas comerem. Doze homens possuem somente um braço, mas tem carne na mesa. Ninguém ficará faminto, tem carne de mais e braços de menos.
- O que você sabe fazer? – Fala-me a mulher gorda.
- Como?
- Todos aqui contribuem de alguma maneira... Se sabe fazer algo útil poderá viver conosco. Se não sabe... – Olha meus braços.
- Sou artesão e faço bonitas bonecas.
- Artesão... Bonecas...
- Veja! – Retiro depressa de minha mochila uma boneca. – Veja como se parece com você. Olhe também meu desenho... – Ponho na mesa um caderno e as três mulheres observam o seu conteúdo; os homens somente comem com seus olhos baços. A cena de nosso jantar está ali, registrada.
- O que é isso?
- Não sei como faço, mas desenho cenas e confecciono bonecas com o rosto de quem irei conhecer e conviver...
No fim do jantar uma das mulheres magras põe em minhas mãos materiais para coser. Não tarde e um rosto… Um rosto de uma das pessoas com quem estou conversando agora! Você? Talvez... Runrrunrrunrrum!


En español

A quién aún no ha leído “A Fome” (http://artedoartista.blogspot.com.br/2016/06/a-fome.html ), sugiero que lo lea antes del croento abajo (pero está solamente en portugués; sin embargo, no es fundamental la lectura anterior; es solo una sugerencia).

¡Noche! Noche… La noche avanza buscando su medio continuamente distante. Fuera de la gran casa ninguna luz en el cielo ni en la tierra. La causa es desconocida, pero donde estoy dentro de la casa es posible ver luz y estrellas.
En la mesa de la casa colosal hay carne más que suficiente para dieciséis personas comieren. Doce hombres poseen solamente un brazo, pero hay carne en la mesa. Nadie se quedará hambriento porque hay carne de más y brazos de menos.
- ¿Qué sabes hacer? – Háblame la mujer gorda.
- ¿Cómo?
- Todos acá contribuyen de alguna manera… Se sabes hacer algo útil podrás vivir con nosotros. Se nada sabes… – Mira mis brazos.
- Soy artesano y hago bonitas muñecas.
- Artesano… Muñecas…
- ¡Ve! – Saco deprisa de mi mochila una muñeca. – Mire cómo es parecida con usted. Mire también mi dibujo… – Pongo en la mesa un cuaderno y las tres mujeres observan su contenido; los hombres solamente comen con sus ojos empañados. La escena de nuestra cena está allá registrada.
- ¿Qué es eso?
- No sé cómo hago, pero dibujo escenas y confecciono muñecas con el rostro de quién he de conocer y convivir…
Al fin de la cena una de las mujeres flacas pone en mis manos materiales para coser. No tarda y un rostro… ¡Un rostro de alguien con quien hablo ahora! ¿Tú? Tal vez… ¡Junjunjunjun!


Ofereço como presente de aniversário:
Cínara Viana, Tenorid K. Neppel, Felix Llatas, Otávio Zoroastro, Nelito Manela, Carmem Botelho, Solange Maria, Marildo Silva, Bruno Mendes, Rosi Sabino, João F.B. Araújo, Otávio M. Silva, Carla A. Weber, Paulo G.C. Pimenta e Vanessa Souza.

Recomendo que leia “Porqueiar”, deste que vos fala; “Rever na Rua”, de Ricardo Evangelista; “Canibais, Graças a Deus”, de Vinícius Siman; e “A História por Trás das Lágrimas”, de Josué S. Brito; respectivamente:


Não registrei quando comecei a escrever; apenas sei que foi depois de 03 de setembro de 2015 e que seu original foi em espanhol. Depois de longa pausa voltei a trabalhar nele e o encerrei dia 10 de julho de 2016.

domingo, 3 de julho de 2016

CORAÇÃO DE FLOR

corazón UNA flor – heart of bloom


Potira itapitanga.


Em português

Ele é quase um pássaro
Apesar dele ser pesado
Se fosse uma pluma...
Não seria uma vassoura
Porque seu coração era de flor


En español

Es casi un pájaro
A pesar de ser pesado
Se hubiera sido una pluma…
No habría sido una escoba
Porque su corazón era una flor


In English

He is almost a bird
But he is hard
If he was a plume…
He was not a broom
He would did have heart of bloom


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Joice Soares, Mayra F. Gonçalves, Alano O. Barbosa, Ronalla Kelly, Sueli M.B. Silva, Tairony Novais, Amosse Mucavele, Walace Silva e Regeria Santos.

Recomendo as leituras de
“São as causas perdidas que amolecem pedras”, deste que vos fala, “E agora, Michel?”, de Vinícius Siman, e “Memento Mori”, de Josué da Silva Brito e “Diagnóstico”, de Xúnior Matraga. Respectivamente nos endereços abaixo:


Escrito originalmente em inglês no dia18 de setembro de 2015. Criado em português e espanhol no dia 01 de março de 2016 e trabalhado nas três línguas entre os dias 25 de maio e 03 de julho de 2016.