domingo, 28 de agosto de 2016

MANDI

MANDÍ BRASILEÑA


Potira itapitanga.

Sou vovô de seis lindos cachorrinhos nascidos entre 05:00 e 09:00 horas da manhã de 28 de agosto de 2016.
Soy abuelo de seis lindos cachorros de perro nascido entre 05:00 y 09:00 horas de la mañana de 28 de agosto de 2016.


Em português

Há muitos e muitos séculos atrás nasceu uma linda menina em uma tribo indígena onde hoje é Brasil. Seu nome era Mandi¹. Mas ela era diferente de todos os outros silvícolas. Tinha pele muito branca em um local de pele marrom.
No início as pessoas estranharam muito sua aparência, mas ela era tão gentil e prestativa que conquistou a todos.
A todos, menos Juçara.
Juçara era alta e esbelta como a árvore que lhe deu o nome. Seus olhos pareciam duas frutas da palmeira de onde tiraram seu nome. E ao contrário desta, aquela não era generosa em doar-se. Juçara era uma índia bonita, tanto quanto Mandi. Mas ao contrário desta, aquela não era nem um pouco gentil ou prestativa.
Se soubesse o que era espelho seu sonho seria ter um para se admirar o tempo todo. Mas como não podia fazer isso, amava ouvir sua voz dizendo a tantos quanto encontrasse – inclusive enquanto trabalhavam – o quão maravilhosa era ela.
Ninguém a ouvia, exceto ela e Mandi. Ninguém a via, exceto ela e Mandi.
Mas um belo dia... E como diz Rosana Mont’Alverne, quando em uma história esta fórmula é dita significa que a coisa vai ficar feia. Pois bem, mas um belo dia... Quero dizer, mas em uma bela noite Mandi adormeceu; e não acordou no dia seguinte. Seria o chá dado por Jussara? Quem vai saber. Se hoje, com o Judiciário nada resolvendo (pelo menos para o povo...) e as grandes Emissoras de TV, de Rádio, de Revistas ou Jornais nada esclarecendo aos cidadãos. Imagine então naquela época. Contudo, os animais, as pessoas e os deuses choraram sua partida. Porém, por longos meses as nuvens lamentaram sua ida sem uma lágrima sequer. Os índios fizeram em um lugar bonito e ensolarado a derradeira casa da linda indiazinha.
Em uma manhã despontou um broto no local onde Mandi foi enterrada. O broto foi crescendo, fortalecendo-se e o povo estava curioso com aquela planta diferente. Até que em uma noite, a mãe da indiazinha teve um sonho onde a filha lhe dizia para arrancar a planta até a raiz e depois como fazer para transformá-la em alimento. Quando despertou, assim fez. Surpresa! Por fora era marrom igual a todos da aldeia, mas quando descascada era branca igual a Mandi. E assim como a menina era gentil e prestativa enquanto gente, ela era também enquanto vegetal.
O pajé² perguntou aos deuses quem os presenteara com tal maravilha e descobriu que fora Calamantã, o calmo deus das árvores. Calamantã disse que a planta deveria ser chamada de Mandioca (casa de Mani) porque nascera onde o corpinho da gentil menina agora habitava.
Mas, e Jussara?
Assim como acontece hoje, ela seguiu sua vida e ouvi falar que alguns anos depois o povo a elegeu cacique*. Deve ter tido uma excelente campanha de divulgação... Parece que ela prometeu, em nome de sua grande amiga, distribuir mandioca para o povo... Agora, eu acho que Calamantã é calmo, mas não omisso nem bobo... Contudo, a única coisa que sei é que nada sei.


En español

Hay muchos y muchos siglos pasados nació una linda niña en una tribu indígena. Su nombre era Mandí¹. Pero, ella era diferente de todos los demás silvícolas. Tenía piel muy blanca en un local de piel marrón.
En principio el pueblo extrañó mucho su apariencia, pero ella eta tan gentil y servicial que conquistó el corazón de todos.
A todos, menos Kusichinpu.
A Kusichinpu le encantan los colores; todos ellos. Le gusta cubrirse de flores y colorirse de todos los matices alegres que la Naturaleza ofrece. Pero, al contrario de esta, aquella nada ofrece a nadie. Kusichinpu  era una india bonita, tanto cuanto Mandí. Pero, al contrario de esta, aquella no era ni un poco gentil o servicial.
Si subiera lo que era espejo su sueño sería tener uno para admirarse el tiempo todo. Pero, como no podría hacer eso, amaba oír su voz diciendo a cuantos encontrase – incluso mientras trabajan – cuan maravillosa era ella.
Nadia la oía, excepto ella y Mandí. Nadie la vía, excepto ella y Mandí.
Pero, un bello día… Y como dice Rosana Mont’Alverne, cuando en una historia esta fórmula es dicha significa que la cosa se quedará fea. Pues bien, un bello día… Quiero decir, en una bella noche Mandí adormeció y en el día siguiente aún se quedó dormida. ¿Sería el té que Kusichinpu la dio? Quien va a saber. Si hoy, con el Judiciario nada resolviendo (al menos para el pueblo) y las grandes Emisoras de Televisión, de Radio, de Revistas o Periódicos nada esclareciendo al pueblo. Imagine entonces en aquella época. Sin embargo, los animales, el pueblo y los dioses lloraron su sueño. Pero, por muchos meses las nubes lamentaron su ida sin una lágrima siquiera. Mientras todavía los indígenas lloraban hicieron en un sitio bonito y soleado la postrera casa de la linda niña india.
En una mañana despuntó un broto en el local donde Maní fue enterrada. El broto fue creciéndose, fortaleciéndose y las personas estaban curiosas con aquella planta diferente. Hasta que una noche la madre de Maní soñó con su hija diciéndole para arrancar la planta hasta la raíz y como cambiarla en alimento. Cuando despertó, así hizo. ¡Sorpresa! Por fuera la raíz era marrón igual a todos de la aldea, pero cuando descascarada era blanca hecho Maní. Y así como la niña era gentil y servicial mientras gente, ella era también mientras vegetal.
El pajé² preguntó a los dioses quién los regalara con tal maravilla y descubrió que fuera Calamantán, el calmo dios de los árboles. Calamantán dijo:
- La planta hay de ser llamada Mandioca³ (casa de Maní) porque naciera donde el cuerpito de la gentil niña ahora habitaba.
Pero, ¿y Kusichinpu?
Hecho sucede hoy, ella siguió su vida y he escuchado decir que algunos años más tarde el pueblo a eligió cacique*. Creo que ocurrió una excelente campaña divulgativa… Parece que ella prometió, en nombre de su grande amiga, distribuir mandioca para el pueblo… Sin embargo, creo que Calamantán es calmo, pero no omiso ni tonto… Sin embargo, la única cosa que sé es que nada sé.


Ofereço como presente de aniversário aos
Hildete T. Santos, Luana Rodrigues, Marylde Trevenzole, Gláu Tomaz, Luis F. Rezende, Raquel A. Oliveira, Luciana M. Silva, Samuel Costa, Cris Duarte, Rita de Cássia, Débora Cristina, Carla Paoliello, Cleverton Nunes, Michel Ferrabiano e D Matheus Menezes.

¹ Mandi também é conhecida como Mani.
  Mandí también es conocida como Maní.
² Pajé é um misto de feiticeiro, médico, profeta e sacerdote indígena brasileiro; mas cuidado, existiam diversas tribos de línguas e culturas distintas; com outras palavras para dizer o mesmo. Pajé vem do tupi “paié”.
Pajé es una mezcla de hechicero, médico, profeta y sacerdote indígena brasileño; pero es necesario saber que hay diversas tribus de lenguas y culturas distintas, con otros nombres para decir la misma cosa. La palabra pajé viene del tupí “paié”. El sonido de la palabra “pajé” es algo como “payé”.
³ Mandioca es lo mismo que yuca o guacamote.
* Cacique é chefe em algumas línguas silvícolas da América Latina.
   Gobernante o jefe de una comunidad o pueblo de indios en Latinoamérica.
Agradezco a Manuel Ayala que me dio el nombre Quechua (en Perú) Kusichinpu para la villana en español. Sin embargo, Kusichinpu quiere decir “la de colores alegres”. Bien que ni siempre el nombre nombra el índole de la persona. Me ha sugerido también Ninapaqari (fuego del amanecer) donde la “q” tiene el sonido de “k” y pienso nombrar otro personaje en otra historia.

Recomendo a leitura de “Os vereadores da família e seus cursos de capacitação”, de Vinicius Siman; “Praça Poente – Luís Outra Vez”, de Rubem Leite. Respectivamente nos seguintes endereços:


Escrito entre 24 de julho de 2015 e 28 de agosto de 2016.

domingo, 21 de agosto de 2016

ISTO NÃO ME LEVA ÀS MINHAS VONTADES

ESTO NO ME LLEVAS A MIS ANCHOS


Em português

Gostando ou não
Estou festejando
Vou caminhando
Meus males não moram em retrato
Invisto em mim até inverter-me
Tolo não é meu nome
– Talvez um apelido –
Mas às minhas vontades, isto não me leva
Mas minhas vantagens são minhas ideias
Mas minha voltagem me leva às ideias.
Vontade, vantagem e voltagem
Auto, ampla e alta.


En español

Te gusta o no
Estoy de fiesta
Me voy en camino
Mis malos no viven en retrato
Me voy a investirme hasta invertirme
Gilipollas no es mi nombre
– Tal vez un apodo –
Pero, a mis voluntades, esto no me lleva
Pero, mis ventajas son mis ideas
Pero, mi voltaje me lleva a las ideas.
Voluntad, ventaja y voltaje
Auto, anchas y alta.


Ofereço como presente aos aniversariantes
Rubem Junior, Guilherme Costa, Mª Fernanda Rodrigues, Professora Kakau, Mª dos Anjos Dias, Jurandir Barbosa, Esther Magalhães, Carol Steine e Mª Amelia Oliveira.

Recomendo a leitura de “O tempo do relógio é o tempo da espera...”, de Josué Brito; “Amor Farpado”, de Xúnior Matraga. Respectivamente nos endereços:


Escrito originalmente en español en el día 08 de octubre de 2015. Trabajado en las dos lenguas entre los días 01 de febrero y 21 de agosto de 2016.

domingo, 14 de agosto de 2016

O QUE ME ATERRORIZA

QUÉ ME ATERRORIZA


Em português

- Estão todos vocês em uma sala fechada, sentados em vossas carteiras particulares com um papel de prova virado ao oposto. E um lápis. Na parte de frente está escrito os vossos nomes e a parte oposta está em branco. Há apenas uma pergunta, e uma única resposta é solicitada. Ela está entre vocês... Ninguém pode falar com o guarda que está vos controlando, ninguém pode responder ou falar nada, excepto a resposta. Há alguma pergunta?
- O que é cartão de saldo da Unitel ou Movicel que você me falou ontem?
- Rsrs... Pra tu não tem valor. São as recargas telefônicas de Angola; Unitel e Movicel são as operadoras de rede.
- Rerrê
- Kkkk, mas tentas responder.
- Oncotô? Ou melhor: Oncetá?
Na caixa de mensagens do Facebook aparecem seis interrogações: ??????? e o interlocutor pergunta: “Ah! ‘Oncotô’ e ‘Oncetá’, o quê são isso?”.
O leitor atento (ou seja, você), antes de eu responder ao meu interlocutor, contou as interrogações e achou sete. Rubem, corte um. Ordena-me. Dou um suspiro e elimino o último ponto de interrogação, deixando só os seis afirmados: ??????.¹ Agora posso respondê-lo:
- Rerrê. No Brasil tem um estado que se chama Minas Gerais (é o estado onde nasci e vivo). Nós, mineiros, temos algumas peculiaridades na fala oral. E uma dessas peculiaridades é o ódio ao “d” nos gerúndios. Portanto, jamais falamos “cantando, comendo, sorrindo”; nós falamos “cantano, comeno, sorrino”. Outro costume nosso é emendar e aglutinar as palavras durante a fala; assim, oncotô é “onde que eu estou?” e oncetá significa “onde você está?”.
- Há... Huuum. Ok. Estou em Angola.
- Rerrê. Sim, mas a pergunta que se faz a quem é levado para um lugar assustador como aquela sala é essa: sabe onde está? Se bem que, na verdade, não deverão perguntar nada... É mais assustador nos deixar na ignorância.
- Tu estás em um centro de pesquisas e eres a cobaia...
- Rerrê. Acho que vou criar uma história de terror “partino” da sua.
- Kkkk, algo parecido é o que quero.
- Então tá. Vou escrever uma história de terror:

Em uma típica manhã de um típico dia letivo em uma escola típica:
- Gente! Verbo é o que permite um diálogo; que ocorra a comunicação. Por exemplo, se digo “homem”, “apartamento”... E aí? São apenas palavras. Mas se digo, por exemplo, “O homem saiu do apartamento” ou “O homem grita no apartamento” ou ainda “O homem fugirá do apartamento” comuniquei algumas coisas, aconteceu uma conversa, um diálogo. Entenderam?
- Sim, professor!
- Então, no primeiro e segundo parágrafos do texto Galinha ao Molho Pardo, de Fernando Sabino, tem quantos verbos?
“Tem vinte e três, professor!”. Diz uma aluna e outro intervém: “Não, tem treze”. “Oceis tão tudo errado. É vinte e um”, fala o terceiro estudante.
Abro a boca.
- Não, são oito os verbos. E desconsiderando os que se repetem, quais verbos estão no passado?
- É pra dizer a quantidade de verbos que estão no passado, professor?
- Não. Não quantos, mas quais são eles.
- Era... Tinha...
- Um...
- Quase...
- Gabiroba...
Abro a boca tentando respirar.
- Não, não. “Era” e “tinha” estão certos. Mas “um” é numeral. Já “gabiroba” é uma fruta. Se não a conhece é só prestar atenção no texto: “... um pé de gabiroba, um pé de goiaba branca”; quando lá fala em pé de goiaba já dá para saber que gabiroba é fruta. E “quase” não é verbo; é advérbio. Não existe o verbo “quaser”, ou você fala “eu quaso, ele quase, nós quasemos”?
- Não, professor!
- Que bom! Os advérbios têm ligações com verbos, mas não são verbos. Advérbio é palavra invariável que expressa uma circunstância do verbo ou a intensidade da qualidade dos adjetivos ou reforça outro advérbio e, em alguns casos, modifica substantivos. Eles podem ser de lugar, de tempo, de modo, de negação, de dúvida, de intensidade e de afirmação. “Quase” exprime uma intensidade.
- Intensidade, professor?
- Sim, intensidade!
- Que é isso, professor?
- Intensidade? Vejam: “O quintal de nossa casa era grande, mas não tinha galinheiro, como quase toda casa de Belo Horizonte naquele tempo”. Neste trecho da memória literária que Fernando Sabino escreveu dá para perceber que “quase” tem o mesmo sentido de “praticamente”; ou seja, de um grau próximo ao máximo: “quase toda casa” pode ser dito “praticamente todas as casas”. O trecho que lemos fornece e fortalece a ideia de que muitas casas tinham galinheiro; quero dizer, intensifica, aumenta, amplia e faz crescer a ideia de quantidade de casas com galinheiro.
- Aaammm!
- Então, quais são os verbos?
- O verbo, professor, é “galinha ao molho pardo”.
A boca nem tenta se abrir porque não entra mais ar nos meus pulmões.

- Mas... Isso não é história de terror!?
- Meu filho! Para um professor, passar por isso é ainda mais aterrador que estar em uma sala fechada, sentado em carteira particular com lápis e papel de prova virado ao oposto. Tendo nela o nosso nome com apenas uma pergunta onde se tem que responder apenas uma resposta. E cujas Secretarias de Educação do país, do Estado e do Município estejam invisíveis entre nós e sejam visivelmente os guardas que nos controlam e que nada podemos falar, que eles realmente ouçam e/ou não nos punam com demissão. E os alunos são os algozes que nos fazem sofrer por nosso desejo e dedicação de compartilhar o que sabemos e não termos quase ninguém que receba nossas palavras.


En Español

- Están todos en una sala cerrada, sentados en vuestros pupitres particulares. En él hay un papel de prueba virado al opuesto. Y un lápiz. En la parte de frente está escrito los vuestros nombres y la parte opuesta está en blanco. Hay solamente una pregunta, y una única respuesta es solicitada. Ella está entre vosotros… Nadie puede hablar con el guarda que los controla, nadie puede contestar o hablar nada, excepto la respuesta. ¿Hay alguna pregunta?
- ¿Qué es tarjeta de saldo de la Unitel o Movicel que me charló ayer?
- Rsrs… Para usted no hay valor. Son las recargas telefónicas de Angola; Unitel y Movicel son las operadoras de red.
- ¡Jejé!
- Kkkk. Pero, intente responder.
- ¿Doncontoy? O mejor: ¿Dontutá?
En la caja de mensaje del Facebook aparecen seis parejas de puntos interrogantes: ¿?¿?¿?¿?¿?¿?¿? Y el interlocutor pregunta: “¡Ah! ‘Doncotoy’ y ‘Dontutá’, ¿qué son esos?
El lector atento (o sea, tú), antes de yo contestar a mi interlocutor, contó las interrogaciones y encontró siete. Rubem, corte un. Ordéname. Doy un suspiro y elimino la última pareja de punto interrogante, dejando solo los seis dichos: ¿?¿?¿?¿?¿?¿?.¹ Ahora puedo responderlo:
- Jejé. En Brasil hay un departamento llamado Minas Gerais (Es donde nací y vivo). Nosotros, mineros, tenemos algunas peculiaridades en el habla oral. Una de esas peculiaridades es el odio a la “d” en los gerundios. Por lo tanto, jamás hablamos “cantando, comendo, sonriendo”; charlamos “cantano, comeno, sonrieno”. Otra costumbre nuestra es emendar y aglutinar las palabras durante el habla; así, “doncontoy es “¿adónde que estoy?” y “dontutá” significa “¿adónde tú estás?”.
- Huuun… Ok. Comprendo. Estoy en Angola.
- Jejé. Sí, pero, la pregunta que se hace a quien es llevado para un lugar asustador como aquella sala es “¿Sabe dónde estás?”. Pero, pensando bien, no hablar nada, dejándonos ignorantes de nuestro destino, es más asustador.
- Está en un centro de pesquisas y es la cobaya…
- Jejé. Pienso que me voy crear una historia de terror “partieno” de la tuya.
- Kkkk, algo parecido es lo que quiero.
- Entonces, así sea. Escribiré una historia de terror:

En una típica mañana de un típico día lectivo de una escuela típica:
- ¡Mis alumnos! Verbo es lo que posibilita un diálogo; que ocurra la comunicación. Por ejemplo, si digo “hombre”, “calle”… Son solo palabras. Sin embargo, si digo, por ejemplo, “El hombre salió de la calle” o “El hombre grita en la calle” o aún “El hombre huirá a la calle” he comunicado algunas cosas, aconteció una plática, un diálogo. ¿Entendieron?
- ¡Sí, maestro!
- Entonces, en los primer y segundo párrafos del texto “Pollo con Salsa Marrón”², de Fernando Sabino, ¿hay cuántos verbos?
“Veintitrés, maestro”, habla una alumna y otro interviene: “no, hay trece”. “No sean tontos; es veintiún”, charla el tercero estudiante.
Abro la boca.
- No, son ocho los verbos. Y desconsiderando los que si repiten, ¿cuáles verbos están en el pasado?
- ¿Es para decir la cuantidad de verbos que están en el pasado?, maestro.
- No, no cuantos. Quiero que digan cuales son ellos.
- Era… Tenía…
- Un…
- Casi…
- Gabiroba…
Abro la boca intentando respirar.
- No, no. “Era” y “tenía” están correctos. Pero, “un” es numeral. Ya “gabiroba” es una fruta. Si no la conocen por ser brasileña y no existir acá es solo prestar atención en el texto: “… un pie de gabiroba, un pie de guayaba blanca”²; cuando la habla “pie de guayaba” es posible percibir que “gabiroba” es fruta. Y “casi” no es verbo; es adverbio. No existe el verbo “casir”, ¿o hablas “yo casio, él casi, nosotros casimos”?
- ¡No, maestro!
- Los adverbios tienen ligaciones con los verbos, pero no son verbos. Adverbio es palabra invariable que expresa una circunstancia del verbo o la intensidad de la cualidad de los adjetivos o refuerza otro adverbio y, en algunos casos, modifica sustantivos. Ellos pueden ser, entre otros, de lugar, de tiempo o de intensidad. “Casi” exprime una intensidad.
- ¿Intensidad?, maestro.
- ¡Sí, intensidad!
- ¿Qué es eso?, maestro.
- ¿Intensidad? Miren: “El patio de nuestra casa era grande, sin embargo no tenía gallinero, como casi toda casa de Belo Horizonte en aquél tiempo”². En este trecho de la memoria literaria que Fernando Sabino escribió es posible percibir que “casi” tiene el mismo sentido de “prácticamente”; o sea, de un grado próximo al máximo: “casi toda casa”. El trecho que leemos fornece y fortalece la idea de que muchas casas tenían gallinero; quiero decir, intensifica, aumenta, amplía la idea de cantidad de casa con gallineros.
- ¡Aaah!
- Entonces, ¿cuáles son los verbos?
- Los verbos, maestro, son “pollo con salsa marrón”.
La boca ni intenta abrirse porque no entra más aire en mis pulmones.

- Pero… ¿¡Eso no es historia de terror!?
- ¡Hijo mío! Para un maestro, pasar por eso es aún más aterrador que estar una sala cerrada, sentado en pupitre particular con lápiz y papel de prueba virado al opuesto. Teniendo en ella nuestro nombre y una sola pregunta donde hay que responder una solo respuesta. Y cuyas Secretarías de Educación del país, de las provincias o departamentos y de las ciudades están invisibles entre nosotros y sean visiblemente los guardias que nos controlan y que nada podemos hablar, que ellos realmente oigan y/o no nos punan con demisión. Y los alumnos son los atormentadores que nos hacen sufrir por nuestro deseo y dedicación de compartirles nuestros conocimientos y no tener casi nadie que reciba nuestras palabras.


Ofereço aos aniversariantes
Denise Mª Silva, Gedeon Marques, Dani Gomes, Wander Santos, HdeZz Gibraan, Nelson M. Esfinge, Carlos Glauss, Teo Lima, Fabiane Borges, Marilda Lyra, Simone Penna e Armindo M. Noma’s.

Recomendo a leitura de Ode Interino, de Josué S. Brito; de Federico García Lorca y el Hotel Excelsior, hoy Castelar, de Javier Villanueva. Respectivamente:

¹ Referência ao capítulo “Emília resolve escrever suas memórias. As dificuldades do começo”, do livro Memórias da Emília. Obra de Monteiro Lobato.

² Traducción libre del texto brasileño “Galinha ao Molho Pardo”, de Fernando Sabino.

Sobre o advérbio “quase” pesquisei nas seguintes fontes:
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-adverbio-quase/22743
MICHAELIS: Dicionário Escolar Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2008.

Escrito em 28 de setembro de 2015. Na noite de 03 de junho de 2016 foi reescrito. E entre os dias 30 de julho e 14 de agosto foi retrabalhado.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

PALAVRAS

PALABRAS


Potira itapitanga.


Em português

- “O olhar é a fonte da palavra”¹.
- Interessante reflexão.
- Com estas palavras me ponho a pensar. Minha vida até que é boa. Não sofro de fome e nem sede, eu me formei na Universidade; estou ampliando meus conhecimentos e possibilidades de melhores trabalhos com melhores salários; algumas pessoas gostam de mim. – “Mas nem tanta gente assim”, penso. “E por muitos mais sou ignorado”, penso ainda. – Entretanto, quero descer a porrada em um monte de gente... Mas me calo e não faço nada.
- Por quê? Por que se cala?
- Porque as mulheres são as melhores ouvintes.
- Por quê?
- Na verdade! As mulheres e as crianças são as melhores ouvintes.
- Como?
- Se suas palavras não as convencem elas serão generosas ao dizer-lhe sem meias palavras que você é um idiota.
- Que gente ruim.
- Ruins? – Pergunto e sem esperar resposta falo ao dono da barraca no Feirarte: “Marcelo! Faça pra mim algo com álcool”. – E ele me vem com uma coisa fraca, apesar de gostosa. Porém não me deixa bêbado. “Homem, hoje quero algo forte; que me faça esquecer até quem sou”. – E ele me vem com uma coisa que taca fogo em minha garganta e que pela boca atira chamas no mundo.
- Benito! Se quer álcool... Eu sou álcool. Beija-me!
Olho seus olhos e os bebo. Mas isso é história para outra ocasião.
- Não entendi a relação entre sua vontade de descer a porrada com a atenção das mulheres...
- Não lhe disse e nem vou dizer, “mon ami”.
Olho a palmeira balançando ao vento. Está longe, mas me leva a meu interior. Não! Não leva. Eu vou por mim mesmo.
- Dizem que o diabo foge da cruz. Acho que se Deus corre de alguém é de religiões e religiosos...
Eu ainda dizia quando na mesa próxima alguém fala “... hemodiálise. Minha mãezinha não conseguia tratamento porque havia muita gente com a mesma enfermidade dela. A gente morava em São Paulo, não muito longe da capital. Então os médicos disseram que em uma cidade de Minas Gerais – Ipatinga, tinha o melhor hospital do Brasil e com menos gente precisando de seus...”.
- Fala, amigo! Quero saber.
Saio da ideia alienígena.
- O que importa é sermos o ser que somos indo para outro ser melhor.
- Falou bonito... Mas não entendi nada.
- Falei alguma coisa?


En español

- “La mirada es el puente de la palabra”¹.
- Interesante reflexión.
- Con estas palabras me pongo a pensar. Mi vida hasta que es buena. No sufro hambre y ni sed; me jubilé en la Universidad; estoy ampliando mis conocimientos y posibilidades de trabajos que pagan mejores; a algunas personas yo le gusta. – “Pero, ni tanta gente así”, pienso. “Y por mucho más soy ignorado”, pienso aún. – Sin embargo, quiero propinar unos y cuantos bastonazos al bocazas… Pero, me callo y nada hago.
- ¿Por qué? ¿Por qué se calla?
- Porque las mujeres son las mejores oyentes.
- ¿Por qué?
- ¡En verdad! Las mujeres y los niños son los mejores oyentes.
- ¿Cómo?
- Si tus palabras no los convencen ellos serán generosos al decirle sin medias palabras que eres un idiota.
- Qué malos…
- ¿Malos? – Pregunto y sin esperar respuesta hablo al dueño de la tienda en el Feirarte. - ¡Marcelo! Me hagas un poco de alcohol. – Y él me viene con una cosa débil, sin embargo exquisita, pero no me emborracha. – Tío, hoy quiero algo fuerte; que me hagas olvidar hasta quien soy. – Y él me viene con una cosa que tira fuego en mi garganta y lo saca de mi boca.
- ¡Benito! Si quieres alcohol… Soy alcohol. ¡Bésame!
Miro sus ojos y los bebo. Pero, es historia para otra ocasión.
- No he comprendido la relación entre tu voluntad de propinar bastonazos y la audición de las mujeres…
- No lo dices y no lo diré, “mon ami”.
Miro la palmera balanceándose al viento. Está leja, pero me lleva a mi interior. ¡No! No llevas. Me voy por mí mismo.
- Dicen que el diablo huye de la cruz. Pienso que si Dios corre de alguien es de religiones y religiosos…
Todavía aún decía cuando en la mesa prójima alguien habla “… hemodiálisis. Mi madrecita no conseguía tratamiento porque había mucha gente con la misma enfermedad de ella. Vivíamos en la provincia São Paulo; no mucho lejos de la capital. Entonces los médicos hablaron que en una ciudad de Minas Gerais, Ipatinga, tenía el mejor hospital de Brasil y con menos gente necesitando de sus …”.
- ¡Cuéntame, amigo! Quiero saber.
Salgo mis ideas alienígenas.
- Importa solamente ser lo que somos indo para otro ser mejor.
- Bellas palabras. Pero no comprendí tus ideas.
- ¿He dicho alguna cosa?


Ofereço como presente de aniversario
Luciana Araújo, Juninho Zeff, Alyda Sauer, Pricilla P. Leite, Vera Tufik, Dalvina S. Aredes, Teuler Guimarães, Catarina Angela, Raul Gonçalves, Ivan F. Machado, Jesus D. Duarte, Michelly Tellys e Cemario Campos.

¹ SANTOS, Auíri Tiago Nogueira. Contos Mudernos: causos do sertão. São Paulo: Catrumano, 2014. Página 125.


Escrito originalmente em espanhol no dia 27 de setembro de 2015. E trabalhado em português e espanhol entre os dias 28 de setembro de 2015 e 09 de agosto de 2016 (Devido a um problema no meu computador publiquei com dois dias de atraso).